quinta-feira, 9 de julho de 2015

Presa...

Difícil alguém entrar, quando alguém deixou a pisada vincada no nosso coração.
Quando já entregámos a alma, perdemos pudores, fizemos suores, ganhámos dissabores.
Difícil caminhar com afinco, perde-se o rumo, na confiança que ficou nas mãos de quem nos roubou o sorrir.
E ficamos presos, encarcerados no momento em que fomos felizes, só queremos voltar atrás e deixar de conhecer o que vivemos. Mesmo que tenha sido o que mais nos marcou.
É que agora tudo o que somos e temos, não chega. E percebemos insatisfeitos, nunca chegou...

Gi


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Nunca mais digo que te amo...

Nunca mais digo que te amo, da última vez que o disse não me abriste a porta. Por isso agora resta-me engolir as palavras, amordaça-las dentro de mim, para que não escapem.
Nunca mais digo que te quero, da última vez que o disse, consideraste-me maluca. Pois tens razão, sou mesmo maluca, porque é que te deveria querer?! Mas pronto, não mando nos meus quereres.
Nunca mais te procuro, da última vez que te procurei, como já o disse, fiquei na rua a olhar para a tua janela, de onde me olhaste e a voltaste a fechar.
Só por aqui se vê quem ama, eu não te ignoraria, mas pronto, não te vou dizer mais que te amo. Não vou... vou tentar esquecer que existes, tal como tu o fazes há mais de um ano. Digo vou tentar, porque tu, pelos vistos conseguiste. Porque quem ama, quem realmente ama não consegue estar tanto tempo longe, sem sentir dor, aperto... o coração não suporta. Eu não consigo, mas tenho de conseguir. Talvez por isso tenhas dito que não estou bem. Mas nunca mais te digo que te amo!
GI (22-10-2014)


quinta-feira, 26 de junho de 2014

Passou um ano...

Se pudesse dizer-te algo, sei que olharia nos teus olhos sem que, nenhuma palavra se pronunciasse.
Palavras, para quê? Os gestos é que tudo dizem.
Não ia esperar por um desculpa, ou por algo que explicasse o que nos aconteceu há um ano atrás. Só queria que retribuísses o olhar.
Se pudesse estar perto de ti tudo denunciaria o que sinto, as mãos não saberiam onde ficar, o abraço queria te entregar, e tudo, mas tudo iria parar nesse momento. Se pudesse dizer-te algo, não te dizia nada pois sei que o meu silêncio e ternura ao te olhar, seria o suficiente para ficares esclarecido. Tudo isto porque continuas no meu coração, impávido e sereno, depois de tudo, és quem eu quero.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

O que sentimos...

E as pessoas são assim, dizem passa a frente, esquece, não vale a pena... O que não sabem é que não é assim tão fácil, não se arranca um sentimento do peito de um dia para o outro, não se esquecem momentos, palavras e futuros perdidos como se fossem folhas a cair das árvores.
Queremos sentir raiva, queremos lembrar apenas o que foi mau, aquilo que nos magoou, tudo o que nos desfez... E agora apenas procuramos ligar os estilhaços e levantar a cabeça.
E as pessoas vão continuar a falar, porque elas não sabem, elas não percebem e nem querem perceber. Porque para elas é tão fácil, não são elas que acordam de manhã e desejam que seja noite outra vez para poder fechar os olhos e esquecer.

Gi

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Sem coração...

Não sei se fazes ideia daquilo que fazes com o meu coração. Será que já percebeste o quanto sou nada sem ti? Eu que sempre fui forte e firme, sem olhar para trás...
Será que sabes o que choro por ti;  o quanto a vida perdeu o encanto? Pois sem o som da tua voz o mundo é uma simples bola...
A minha alma chama-te, precisa de afago, precisa do toque dos teus dedos, precisa da loucura do teu ser, para eu ser sã outra vez.
Uma vez mais pergunto, será que imaginas o quanto fazes parte de mim?

Gi


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Pedaços no universo

O mundo explodiu juntamente com a minha dor. Os pedaços andam à solta no universo, sem noção de para onde hão-de ir.
A minha dor ficou, aumenta de dia para dia, uma cicatriz sempre a sangrar, sempre a latejar, um empecilho na capacidade de conseguir superar tudo o que nos afecta.
O mundo torna-se nada comparado com o que sentimos, sabemos que há coisas bem piores do que nós e os nossos problemas, mas o nosso coração está demasiado magoado para esquecer aquilo que atravessa a nossa mente a cada segundo.
Os segundos são pesados na nossa misera existência.

GI

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Saudade...

 E quando a saudade ultrapassa a barreira do aceitável?
 E quando ela corrói os pontos que todos os dias costuramos no nosso coração para que ele continue a bater? E quando deixamos de acreditar que vamos sobreviver?
Então resta-nos sentir o aperto no peito, a garganta sempre meio fechada, e as lágrimas sempre  a quererem sair...
GI